Especial - RONNIE JAMES DIO 2

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Especial - RONNIE JAMES DIO

Dia 16/05/2010, um dos dias mais tristes da história do Rock'n'roll, quando Ronnie James Dio faleceu. Exatamente um ano depois do show em São Paulo ano passado com o Heaven & Hell, quando (no dia 15/05/09, na verdade, dia 16 foi o segundo show) tive a oportunidade de presenciar a Voz do Metal, o Elfo, baixinho, carismático, simpático, um dos homens que mais marcou a história da música, do Rock'n'roll e do Heavy Metal. Um sujeito que teve uma longa vida dentro do Rock, Ronald Padanova iniciou cedo, aos 15 anos, na banda The Vegas Kings, passando por inúmeras no decorrer dos anos, bandas como o Ronnie & The Ramblers, Ronnie and the Red Caps, Ronnie Dio and the Prophets, chegando finalmente ao The Electric Elves, que mudaria de nome pra The Elves e depois pra Elf, onde Dio finalmente tornou-se mais conhecido pela sua música.

No Elf, Dio gravou três álbuns, Elf (1972), Carolina County Ball (1974) e Trying to Burn the Sun (1975), onde teve a oportunidade de abrir diversos shows pra banda Deep Purple, onde conheceu o guitarrista Ritchie Blackmore. Blackmore queria fazer um pequeno projeto pra gravar apenas uma música, o que se tornou o Ritchie Blackmore's Rainbow e Ritchie saiu do Deep Purple pra seguir com o Rainbow. No Rainbow, Ronnie James Dio fez sucesso, com clássicos álbuns e registros inesquecíveis, com muito feeling e poder. No Rainbow se vê um Ronnie mais solto e com o famoso carisma do vocalista, que conquistava com, além de sua técnica vocal, seu sorriso as multidões. No Rainbow gravou os discos Ritchie Blackmore's Rainbow (1975), Rising (1976), On Stage (1977) e Long Live Rock'n'Roll (1977). Não há como citar um destaque em tantas músicas inspiradas, mas com certeza a versão ao vivo de Catch the Rainbow do On Stage é de deixar lágrimas nos olhos, além do show gravado em Munich, em 1977, onde podemos ver e sentir tudo o que o vocalista era pra música.

Em 1979, Dio entra para o Black Sabbath pra marcar mais ainda sua passagem por esse mundo do Rock. Dio conseguiu se superar ainda mais, com os clássicos Heaven and Hell (1980), The Mob Rules (1981) e o poderoso ao vivo Live Evil (1982). Essa curta passagem, que terminou por besteiras, levou Dio ainda mais a fundo no universo da música pesada, com clássicos irresistíveis, que vão durar pra sempre. O poder de Dio no vocal e na capacidade em ser um frontman podem ser conferidos no Live Evil, assim como no vídeo da turnê Black & Blue, com a banda detonando junto com o Blue Öyster Cult.

Após sua saída do Black Sabbath, Dio formou finalmente sua banda solo, levando consigo o baterista Vinny Appice e chamando Jimmy Bain, que tocou com ele no Rainbow, para os baixos, e o talentoso guitarrista Vivian Campbell. A banda solo de Dio durou vários anos, atravessou mudanças de formação, mas a marca de Dio novamente foi deixada. Álbuns como Holy Diver (1983), The Last In Line (1984) e Sacred Heart (1985), são eternos clássicos do Rei do Rock'n'Roll, o querido Dio! Nesse meio tempo, em 1985, nos dias 20 e 21 de maio, Dio organizou um projeto para ajudar as crianças da África. Nesse projeto, estavam presentes, além dos músicos do Dio, diversos ícones do Rock, de onde saiu a música Stars e a quantia de 1 milhão de doláres para ajudar as crianças.

Após deixar mais registros, o ao vivo Intermission (1986), Dream Evil (1987) e Lock Up The Wolves (1990), Dio retorna pra mais uma parada no Black Sabbath, gravando o maravilhoso Dehumanizer (1992). Após mais bobagens, Dio sai novamente da banda e retorna com sua banda solo, gravando Strange Highways (1994), Angry Machines (1996), Magica (2000), Killing the Dragon (2002) e Master of the Moon (2004), além de diversos registros ao vivo, em vídeo e coletâneas.

Em 2006, o Black Sabbath retorna para lançar uma coletânea da época de Dio, saindo em turnê e lançando mais um registro ao vivo, o Live from Radio City Music Hall já como Heaven & Hell, além do maravilhoso álbum de estúdio, The Devil You Know (2009). Nesse ponto volto ao começo, onde tive a oportunidade de viajar de Canoas, cidade ao lado de Porto Alegre, no dia 15/05/2009, para de noite, no mesmo dia, assistir ao show da minha banda preferida, o Black Sabbath, com o vocalista mais caristático, sincero, simpático, poderoso e que possui uma voz maravilhosa. Após momentos de tensão com o pequeno atraso, as luzes se apagam para tremer o chão com a introdução E5150, juntando com o tema The Mob Rules, pra vir lágrimas aos olhos. Após o show, tendo escutado tantos clássicos na presença de tão ilustres músicos, a sensação era de alívio: tinha conseguido ver meus heróis!

Ultimamente, andava pensando muito sobre coisas prováveis, como o programado próximo álbum do Heaven & Hell, a possível vinda deles novamente pra cá, talvez uma vinda da banda solo de Dio, uma possível volta quase impossível do Rainbow, qualquer que seja a presença de Dio nesses projetos. Pois recebi a horrível notícia ontem, de que o quase elfo, Ronnie James Dio, estava morto. Meu estado foi de choque e não consegui segurar as lágrimas. Só restava escutar a música Long Live Rock'n'Roll e lembrar que a música de Ronnie James Dio estará sempre em nós e sobreviverá enquanto o mundo durar.

Esse é um singelo depoimento de um fã do portador da Voz do Metal, o eterno entre nós, apreciadores de Rock, o elfo Ronnie James Dio. Minhas palavras não chegam ao que Dio merece, mas ele foi muito importante pra mim, com sua mensagem em suas músicas. Espero que sua música viva eternamente, pois sua falta terrena será sentida, assim como já é agora, pois música acaba de perder um de seus maiores idealizadores.

Long Live Rock'n'Roll!!!

The Runaways - Queens of Noise

A banda The Runaways foi formada no começo da segunda metade dos anos 70, sendo constituída somente de garotas, todas elas bem novas. A banda teve uma curta carreira, iniciando em 75 e se desfazendo em 79. Apesar do pouco tempo de carreira, deixaram álbum ótimos. Em 76 elas assinaram com a Mercury Records e gravaram o primeiro disco, The Runaways, com clássicos como Cherry Bomb e Rock & Roll (de Lou Reed). Um ano depois chegou esse segundo registro, que é mais pesado e com muitas ótimas músicas.
O The Runaways se envolveu com muitas bandas importantes da época, tendo aberto diversas apresentações, durante as turnês, para nomes como Ramones, Van Halen e Rush. A turnê do disco Queens of Noise ainda resultou no ao vivo Live In Japan, que conta também com uma versão em vídeo, que, apesar da qualidade de vídeo um pouco baixa, contém toda a essência e energia do grupo.
Queens of Noise contém músicas de Hard Rock, com um toque de Pop e com vários corais das garotas, além da presença de Kim Fowley, o mentor e produtor da banda, co-escrevendo várias músicas do disco. Riffs e levadas de Rock'n'roll podem ser escutados, principalmente nas faixas Queens of Noise, Take It Or Leave It, Neon Angels on the Road to Ruin e I Love Playin' With Fire. Ainda tem as músicas mais calmas e o Blues carregado de Johnny Guitar, acrescentando muita qualidade na música presente nesse disco.
Agora é esperar o filme que está previsto para lançamento no final desse ano, e curtir as garotas mais rockeiras que já surgiram!

1. Queens of Noise
2. Take It Or Leave It
3. Midnight Music
4. Born to Be Bad
5. Neon Angels on the Road to Ruin
6. I Love Playin' With Fire
7. California Paradise
8. Hollywood
9. Heartbeat
10. Johnny Guitar

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Astaroth - Na Luz da Conquista

A banda Astaroth foi formada em 1982, sendo uma das primeiras bandas gaúchas a fazer esse tipo de som, um Heavy Metal tradicional, com riffs rápidos, clima carregado, introduções acústicas e letras cantadas em português. Os riffs que saem dos alto-falantes são furiosos e emanam todo o clima oitentista de bandas consagradas. É uma pena que o Astaroth tenha ficado pra trás, uma banda com tanta qualidade. O line-up desse disco conta com Guto no vocal, Marcelo Fornazier e Ivan Zukauskas nas guitarras, Eduardo Urso no baixo e Roberto Arbo na bateria.

Esse é o único registro em LP do Astaroth, que é um tanto difícil de se achar. Apesar disso, o disco vem com um encarte muito bem feito, com as letras, fotos e logo da banda. Talvez uma lamentação seja o fato de a qualidade sonora não ter recebido tudo que merecia, mas ainda assim carrega a essência da banda.

1. Asas

2. Na Luz da Conquista

3. Requiem para Antillus

4. Invasores de Aço

5. O Alienado

6. Ruínas da Existência

7. Dança do Fogo

8. Deuses Vencidos

9. Mentira aos Ventos

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Running Wild - Branded and Exiled

O segundo registro da banda alemã formada em 1976, que viria após o "debut" Gates to Purgatory, de 1984, foi esse excelente álbum, Branded and Exiled, lançado em 1985 pela Noise. A formação que gravou o disco contava com o líder e exímio músico e compositor Rock'n'Rolf Kasparek na guitarra e vocal, Majk Moti na guitarra, Stephan Boriss no baixo e Hasche na bateria.
Antes de estabelecer seu tema pirata e ter um estilo mais melódico e épico (que viria com o disco seguinte, Under Jolly Roger), o Running Wild praticava um Heavy Metal direto e agressivo, que lembrava um pouco o Venom dos primeiros discos. Guitarras agressivas e rápidas, levadas por vezes rápidas e por vezes cadenciadas na bateria, os urros característicos de Rolf tornam essa primeira fase do Running Wild em material fundamental.
Quase todas as músicas do disco foram feitas por Rolf, apenas Realm of Shades, em co-autoria com o baixista Stephan Boriss, e a Evil Spirit, que é de autoria de Stephan Boriss.
Muitos refrões ótimos, vocais lendários e riffs excelentes fazem desse disco um clássico da fase pré-épica, de onde sairiam tantos clássicos mais. Destaques para Branded and Exiled, Gods of Iron, Mordod e Fight the Oppression!

1. Branded and Exiled
2. Gods of Iron
3. Realm of Shades
4. Mordor
5. Fight the Oppression
6. Evil Spirit
7. Marching to Die
8. Chains & Leather

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Patrulha do Espaço - Patrulha (Álbum Branco)

Patrulha do Espaço foi uma banda formada no final do anos 70, que, na formação inicial, contava com o ex-Mutantes Arnaldo Baptista, além do clássico e carregador do Patrulha, o baterista Rolando Castello Júnior, que já havia feito parte do Made In Brazil.
A formação que gravou esse disco contava com Eduardo Chermont nas guitarras e vocais, Sérgio Santana no baixo e vocal e o eterno Rolando Castello Júnior na bateria. Esse trio fazia um som voltado ao hard rock, com umas levadas progressivas e alguns sintetizadores.
Um disco tão bom como esse não pode ficar desconhecido, com a tamanha qualidade de som, a gravação e a precisão dos músicos, que é algo inesperado pra quem não conhece ainda o som de épocas passadas no Brasil.
O disco foi lançado em 1982 pela Baratos Afins e contém oito faixas espetaculares, como Columbia, a clássica Festa do Rock, Mar Metálico (uma das melhores músicas nacionais que já ouvi), Cão Vadio e sua levada cadenciada e com viradas furiosas.
Bom, disco brasileiro perfeito que não deve ficar de fora dos ouvidos de quem merece.

1. Columbia
2. Bomba
3. Jeito Agressivo
4. Festa do Rock
5. Mar Metálico
6. Cão Vadio
7. Transcedental
8. Meus 26 Anos

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